Para ser eficiente no longo prazo, uma carteira de ativos precisa conter produtos de renda fixa em sua composição. Isto porque os produtos de renda fixa darão segurança e liquidez para a carteira de ativos. Portanto, não se deve esperar rentabilidade da carteira de renda fixa pois ela existe para dar segurança e liquidez. A rentabilidade deve ser buscada na renda variável.
Ao adquirir ativos de renda fixa você estará emprestando seu dinheiro em troca de uma remuneração que pode ser conhecida no momento do empréstimo (produtos pré fixados) ou no momento do resgate (produtos pós fixados). A remuneração dos produtos pós fixados costuma ser atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário, taxa negociada para empréstimo entre os bancos) ou ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, índice oficial de inflação de preços no Brasil).
Portanto, o quem adquire produtos de renda fixa torna-se credor e não sócio de quem está recebendo o empréstimo. Conforme o tomador do empréstimo, teremos os principais produtos de renda fixa:
1. CDB, LCI, LCA. Ao adquirir estes (e outros) produtos bancários você estará emprestando seu dinheiro a uma instituição financeira (usualmente um banco).
2. Títulos Públicos. Ao adquirir estes produtos você estará emprestando seu dinheiro para o Governo.
3. Debêntures. Ao adquirir debêntures você estará emprestando sem dinheiro para uma empresa privada.
Está interessado em saber mais sobre o assunto? Neste post explicaremos como você pode conhecer o percentual da sua carteira a ser alocado em ativos de renda fixa bem como apresentaremos os principais produtos de renda fixa e destacaremos as principais vantagens de fazer cursos em finanças para investir com segurança. Vamos lá?
Como calcular o percentual a ser alocado em ativos de renda fixa?
Antes de investir, é fundamental conhecer o percentual da sua carteira a ser alocado em ativos de renda fixa. Este percentual é determinado pela regra dos 100. A fórmula é simples:
100 – idade = percentual a ser alocado em ativos de renda variável. O remanescente deve ser aplicado em ativos de renda fixa.
Exemplo: Se você tem 30 anos, segundo a regra dos 100, você deve alocar 70% do seu dinheiro em ativos de renda variável e 30% em ativos de renda fixa.
Para não precisar fazer cálculo, sua idade atual equivale ao percentual a ser alocado em ativos de renda fixa. A regra dos 100 fará com que os mais jovens tenham mais ativos de renda variável (é na juventude que se constrói o patrimônio, portanto, deve-se arriscar mais) e os mais velhos tenham mais ativos de renda fixa (é na velhice que se usufrui do patrimônio construído na juventude, portanto, devendo-se ser mais conservador). O ajuste da carteira deve ser feito anualmente, preferencialmente no mês de aniversário.
Quais são os principais ativos de renda fixa?
Títulos Públicos
Nessa forma de investimento, você empresta capital ao governo e ganha os juros em suas aplicações. Ele é considerado acessível porque é possível iniciar com apenas R$ 30,00. Ainda é uma aplicação de baixo risco, porque a única chance de perder dinheiro é se resgatar o título antes do vencimento.
Nessa modalidade são oferecidas três opções diferentes. Confira elas a seguir!
Tesouro Prefixado
A rentabilidade do título é definida no momento da compra, pois é estipulado um rendimento assim que o ativo é comprado. É possível escolher, por exemplo, uma aplicação que renda 10% ao ano. Elas são boas oportunidades de ganhar dinheiro quando os juros caem, porém se as taxas de juros subirem o título perderá valor. Nesse caso, você perderá dinheiro se resgatar o título antes do vencimento.
Tesouro Selic
Os rendimentos são pagos de acordo com a Selic, que faz referência a taxa de juros da economia. Ela é de 6,5% ao ano. Esse investimento é conservador, pois protegerá contra oscilações na economia. Quando os juros subirem (isso costuma ocorrer em situações de turbulências econômicas), o rendimento do título também aumentará. É indicado para compor a reserva de emergência.
Tesouro IPCA
A rentabilidade acompanha o desempenho do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do Brasil. Dessa maneira, eles ajudam a manter o seu poder de compra e é vantajoso para a formação de poupança em médio e longo prazo, porque os ganhos do ativo serão sempre um porcentual acima da inflação.
CDB
Nos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) você empresta dinheiro aos bancos e ganha os juros em troca. As condições de rentabilidade, prazo de vencimento, risco e liquidez variam conforme cada ativo. É aconselhável adquirir CDBs que remunerem acima de 100% do CDI. Neste caso, deve-se procurar instituições financeiras menores já que a remuneração dos CDBs de grandes bancos costuma ser inferior a 100% do CDI. Pelo fato do maior risco de crédito de instituições financeiras menores, deve-se a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (até R$ 250 mil/CPF/instituição financeira).
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LCI
Os recursos captados por meio de investimentos em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) são destinados para a construção de moradias. O governo oferece isenção de Imposto de Renda, o que já caracteriza uma grande vantagem, porque há tributos embutidos na maioria das aplicações.
O risco seria da quebra no banco que fez a emissão do título. Mas, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) ressarce prejuízos de até R$ 250 mil por CPF. Por isso, é uma alternativa de baixo risco.
Porém, é necessário ter no mínimo R$ 30 mil para fazer essas aplicações. A outra desvantagem é que não há liquidez, ou seja, o dinheiro só pode ser resgatado e ser destinado à sua conta-corrente quando o título vence.
LCA
As condições são semelhantes em relação ao LCI. A única diferença é que os recursos captados por meio de aplicações em Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são destinadas para a expansão da agricultura.
COE
Trata-se do Certificado de Operações Estruturadas (COE), e nesse investimento você empresta dinheiro aos bancos. Ele une as características de renda fixa com as da renda variável, dando mais variedade em sua carteira.
Vale destacar que as condições de rendimento, vencimento, risco e liquidez são variáveis conforme cada operação, por isso é importante estudar cada aplicação antes de investir nesse ativo.
Debêntures
Ao adquirir debêntures você estará emprestando seu dinheiro a uma empresa privada. Os ganhos com as debêntures costumam ser maiores do que os demais produtos de renda fixa, pois o risco é maior e quase não há garantia. Algumas debêntures são isentas do pagamento de imposto de renda (incentivadas).
Quais são as vantagens de fazer cursos em finanças?
Os cursos em finanças proporcionam um maior conhecimento do mercado financeiro, da economia, além das vantagens e desvantagens dos investimentos disponíveis. Além disso, eles conferem aprendizado prático que que ajudará você a executar a estratégia aprendida. Assim, você será capaz de analisar com clareza os ativos mais adequados para você e para suas necessidades e, consequentemente, investirá com mais segurança.
Existem várias formas de aplicações em renda fixa. É fundamental estudar sobre cada aplicação e analisar quais são aquelas que fazem sentido ao perfil financeiro, os objetivos e as necessidades de sua família. Também é fundamental saber o que esperar dos ativos de renda fixa para que você não crie falsas expectativas e incorra em frustração.
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