Decidir abrir um negócio e trabalhar por conta própria pode trazer diversos benefícios, mas também significa ter uma atenção maior com as suas finanças. Afinal, a partir de agora, não há uma dependência de terceiros, sendo fundamental saber administrar sozinho os seus rendimentos e gastos.
Nesse sentido, o planejamento financeiro para autônomo, ou seja, as estratégias de organização específicas para pessoas que trabalham por conta própria, devem ser estudadas e aplicadas à rotina. Dessa forma, será possível lidar tanto com suas demandas profissionais quanto com as demandas pessoais.
Neste texto, separamos algumas das principais atitudes que você pode ter para se equilibrar em relação às finanças. Para ajudar nessa jornada, vamos apresentar algumas dicas de como você pode começar. Confira!
1. Organize as finanças
Essa é uma dica de praxe e a maioria dos artigos sobre organização financeira falam da importância de começar a fazer isso. Não é para menos, registrar como você gasta o seu dinheiro em uma planilha é uma forma de saber para onde ele vai e, muitas vezes, ajuda a identificar gargalos.
Nesse momento, você deve aproveitar para separar também as suas contas por relevância. Quais são aquelas que são necessárias para a sua vida e para a continuidade do seu negócio? Quais são as supérfluas? É importante esse começo, pois, ajudará você a ter uma visão real sobre as suas finanças.
Além disso, é importante baratear o custo de vida. Neste sentido, fazer compras em quantidade, usar cupons de desconto, usufruir de bens sem precisar ser dono, usar sistemas de cashbacks e também aproveitar o custo de oportunidade são medidas muito proveitosas.
Por fim, utilizar formas lícitas de reduzir a carga tributária tais como o PGBL, livro caixa e também usar benefícios fiscais nos investimentos ajudam bastante.
2. Antecipe valores
Falamos no tópico anterior sobre anotar seus custos em uma planilha, não é? Pois bem, agora vamos utilizar essa informação para antecipar alguns gastos. Essa é uma estratégia bastante interessante, já que ajuda você a fazer um planejamento mensal mais acertado. Você saberá o quanto deve render em um mês para não ficar no vermelho, por exemplo.
Não há muito segredo aqui, pegue uma calculadora e faça as contas de todos os seus gastos essenciais. Também, aproveite para fazer uma estimativa de rendimento, subtraia os valores e veja o quanto resta. Caso não sobre, talvez seja a hora de repensar suas despesas, há certas coisas que é possível cortar? Quem sabe, talvez aumentar a demanda de trabalho para ter mais dinheiro.
3. Tenha contas separadas
É bastante comum para quem está começando ter apenas uma conta para o seu negócio. O que pode acontecer é que, com o tempo, o dinheiro que poderia ser utilizado para investimentos na empresa é usado para as despesas pessoais. O resultado é o descontrole da renda.
Sabemos que, durante o início, ter uma só conta é até aceitável. Contudo, à medida que o negócio começa a mostrar resultados, é hora de tornar a sua rotina financeira mais profissional, ou seja, é o momento de separar as contas. Pois, além de ajudar na divisão dos rendimentos, ainda facilita nos dados para a declaração de imposto de renda.
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4. Programe suas férias
Quando se é autônomo, há duas coisas que podem ficar em segundo plano: ter sua parcela de ganhos e férias. O primeiro, é resolvido com a aplicação de um pró-labore, uma espécie de salário que o dono de uma empresa recebe. Já o segundo, tende a realmente ser deixado de lado, dependendo do tipo de autônomo que você é.
Contudo, não separar um tempo para se afastar do trabalho e descansar pode ser muito ruim para o seu desempenho, inclusive, no dia a dia. É fundamental para a sua saúde tirar férias uma vez por ano. A dica aqui é analisar como funciona a sua demanda de trabalhos e escolher um mês em que o movimento não seja tão intenso para tirar, pelo menos, 15 dias de férias.
5. Tenha uma reserva de emergência
Manter um fundo de emergência é um passo importante mesmo para quem não é autônomo. É essencial ter esse cuidado de separar uma parcela do seu salário para esse fim, pois, não sabemos o amanhã.
Ainda mais no caso de um negócio próprio, haverá momentos nos quais você não conseguirá ter o rendimento esperado e precisará arcar com os gastos rotineiros. Ter uma reserva aliviará você nesses momentos incertos.
Então, defina uma quantia exata, comece com 10% e aumente à medida que tiver meses em que ganhe mais. O ideal é que você tenha o suficiente para cobrir cerca de seis meses do seu trabalho.
6. Pense na sua aposentadoria
Você não pode apenas pensar em sua vida financeira em um curto ou médio prazo. Mesmo sendo autônomo, em algum momento você se aposentará e precisará ter renda suficiente para uma terceira idade tranquila. Afinal, diferente de quem é contratado, o valor para se aposentar não é quitado automaticamente, você terá que arcar com isso por conta própria.
Portanto, procure fazer investimentos ou um plano de previdência privada. Seja qual for a sua escolha, calcule bem o quanto de retorno pretende ter. Qual seria o valor ideal de aposentadoria para você e faça a aplicação que estiver mais de acordo.
7. Faça um capital de giro
Para ser cada vez mais profissional em seu trabalho autônomo, além das contas separadas, ter capital de giro é essencial. Para quem não sabe, o capital de giro é uma quantia separada para cobrir as despesas básicas para que o negócio funcione. Por exemplo, conta de luz, água, aluguel do espaço e até o salário de funcionários fazem parte desse montante.
Fazer essa divisão é necessária para não depender só do que entra em seu caixa. Assim, você consegue manter o seu negócio funcionando sem ser afetado por uma baixa demanda do dia, por exemplo.
Bem, até aqui, vimos algumas das principais dicas para lidar com as finanças quando se é autônomo. Destacamos que é muito importante se dedicar a ter planejamento independentemente de ser autônomo ou alguém que trabalha para outras pessoas. Além disso, buscar sempre conhecimento em relação às estratégias para melhorar a sua administração de dinheiro, por meio de cursos específicos.
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