Quer um consultório novo? Preço dos imóveis comerciais está em queda há quase três anos.

Quem está pensando em comprar ou alugar um imóvel para montar o consultório, esta pode ser uma boa hora. Em queda contínua há cerca de dois anos, os valores tanto de venda quanto de aluguel dos imóveis comerciais no país estão em seu menor valor desde então. É o que mostra o índice Fipe-Zap Comercial, que considera as variações de preços nos milhares de anúncios cadastrados no site de imóveis Zap.

Segundo o levantamento, o valor médio de venda dos imóveis comerciais chegou a R$ 9.942 por metro quadrado em abril deste ano, uma queda 3,66% em 12 meses. Para se ter uma ideia, em julho de 2016 este valor estava em R$ 10.521. O índice de venda vem caindo mês a mês desde o final de 2015. O metro quadrado comercial para alugueis, por sua vez, chegou em maio valendo R$ 42,28 reais, 6,05% menos que um ano antes. Os alugueis estão em queda desde 2014, o que significa quase três anos de retração acumulada.

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O Fipe-Zap considera os valores médias em quatro capitais brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. O Rio, com R$ 11.111 por metro quadrado, se mantém a cidade mais cara para comprar um ponto comercial. Já no caso dos alugueis, é São Paulo que lidera, com R$ 45,28 por metro quadrado.

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Retorno em baixa

Do outro lado – o daqueles que possuem o consultório vazio ou ocioso e querem alugar, compartilhar salas ou vender – a situação é bem desfavorável. Com a procura e os preços em baixa, demora-se a encontrar interessados e, quando aparecem, os rendimentos são muito baixos e mal cobrem a inflação.

Segundo os cálculos do Fipe-Zap, o rendimento médio dos proprietários de salas comerciais com o aluguel de seus espaço está hoje em 1,8% ao ano – uma conta que considera o quanto foi ganho, sobre o valor original do imóvel, com a valorização do ponton e com a arrecadação de alugueis ao longo de um ano. A inflação, medida pelo IPCA, acumulou alta de 3,6% nos 12 meses até maio, o que significa que os rendimentos com a exploração comercial dos imóveis sequer cobriram o aumento do custo de vida no período e, na prática, imputaram perdas aos proprietários – descontada a inflação, o rendimento de 1,8% passa a significar uma queda de 1,8% no mesmo período.

A instituição pontua ainda que, comparado a outras formas de investimento, os ganhos com o mercado imobiliário comercial também saem em larga desvantagem. O CDI, por exemplo, taxa de juros que acompanha a Selic e serve de referência para os rendimentos de aplicações em renda fixa como o CDB e os títulos públicos, estava pagando 13,8% aos investidores – uma taxa de 10,2% em termos reais.

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