Você sabe quanto investir em renda fixa? E quais os tipos de investimento?

Uma carteira de investimentos segura e rentável deve conter, em sua composição, produtos de renda fixa e variável em diferentes proporções.

Mas você sabe o que é e o quanto investir em renda fixa?

Neste post, entenda quais são os principais títulos do mercado, além de como funcionam seus tributos e garantias.

Depois, conheça as principais dicas para seguir rumo ao seu primeiro investimento.

Quanto investir em renda fixa?

Quando você compra um título de renda fixa, está emprestando dinheiro ao emissor do papel — que pode ser um banco, uma empresa privada ou mesmo o Governo.

Em contrapartida, recebe uma remuneração por um determinado prazo, na forma de juros.

Quando a taxa de juros é conhecida no momento na compra, o título é pré-fixado. Se a taxa é conhecida no momento do resgate, é pós-fixado.

A proporção da carteira de investimentos que deve ser alocada em renda fixa dependerá da idade do investidor.

Para determiná-la, usamos a regra dos 100.

Ela parte do princípio de que os investimentos de risco (em renda variável) são de longo prazo, e que os investimentos conservadores (em renda fixa) são para prazos menores.

Baseado nisso, define-se o número 100 como parâmetro, que seriam 100 anos de vida. A fórmula é a seguinte:

100 – idade do investidor = % do patrimônio a ser investida em renda variável

Se um investidor tem 30 anos, por exemplo, ele deverá investir 70% do seu patrimônio em ativos de renda variável, e o restante (30%) em ativos de renda fixa.

Ou seja, quanto mais jovem, maior o risco.

A lógica é que esse investidor terá tempo para recuperar uma eventual perda.

Mas, atenção: ajustes periódicos da carteira são necessários conforme o avanço da idade.

Quais são os índices para Remuneração?

Os índices usados na remuneração dos produtos de renda fixa são:

  • Taxa SELIC: divulgada a cada 45 dias, é a taxa básica de juros, definida pelo Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central do Brasil (COPOM);
  • CDI: é o nome dado ao título emitido por instituições financeiras para transferência de valores entre elas, cujo lastro são os títulos públicos. Seu valor é muito próximo ao da taxa SELIC;
  • IGPM: trata-se de um dos índices de inflação de preços do Brasil. Calculado pela FGV entre os dias 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual, é usado como indexador nos reajustes dos valores de aluguel e na venda de imóveis residenciais e comerciais;
  • IPCA: é o índice oficial de inflação de preços do Brasil. É calculado pelo IBGE mensalmente (do primeiro ao último dia do mês), em 11 capitais brasileiras.

Quais os Tributos?

Em geral, utiliza-se a tabela regressiva de IR.

Dessa forma, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido (até o limite de dois anos), menor será o imposto de renda pago — até a alíquota mínima de 15%.

O IOF também é cobrado sobre os ganhos em investimentos com prazo inferior a 30 dias. Para tal, utiliza-se uma tabela regressiva.

Quais as Garantias?

A primeira garantia é dada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e abrange todos os produtos de renda fixa, exceto os títulos públicos.

O FGC garante o valor de até 250 mil reais por CPF e por instituição financeira em caso de insolvência da instituição.

Portanto, considerando as características desta garantia, não é vantajoso ter mais do que 250 mil investidos em produtos de renda fixa em uma mesma instituição financeira.

A segunda garantia é dada pelo Tesouro Nacional, especificamente para os investimentos em títulos públicos.

Também chamada de garantia soberana, é considerada ainda mais robusta do que a garantia do FGC.

Você sabe quanto investir em renda fixa? E quais os tipos de investimento?

Quais são os tipos de investimentos em renda fixa?

Existem diversas alternativas de investimentos em títulos de renda fixa.

Você pode aplicar os seus recursos em títulos emitidos por bancos, por instituições financeiras ou pelo Governo Federal.

Abaixo, vamos abordar algumas das opções de investimentos de renda fixa mais populares do mercado.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional para compra e venda de títulos públicos federais.

Trata-se de um dos investimentos mais procurados pelas pessoas que querem fugir da poupança.

Quando o Governo precisa financiar suas dívidas internas, ele coloca esses títulos no mercado financeiro para captação de recursos.

Dessa forma, o investidor compra um título público, emprestando seu dinheiro à entidade.

Em troca, quem aplicou no Tesouro Direto receberá esse dinheiro que investiu, mais os juros, em uma data predeterminada.

CDB

O Certificado de Depósito Bancário é emitido pelos bancos a fim de captarem recursos para financiar suas operações ou ceder empréstimos para seus próprios clientes.

A lógica do CDB é a mesma do Tesouro Direto.

Quem empresta o dinheiro para o banco, recebe o capital investido, acrescido de juros, em uma data predefinida.

Uma dica importante é saber que investir em CDB dos bancos de menor porte normalmente é mais vantajoso do que investir nos grandes bancos.

Isso porque a rentabilidade dos títulos dos bancos maiores pode ser significativamente menor.

O CDB conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que significa que você não precisa se preocupar se o banco falir.

Por causa dessa garantia, caso o banco quebre, você receberá o dinheiro de volta e os juros, até o limite de R$250.000 por CPF e por instituição financeira.

LCI e LCA

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são aplicações bem similares, emitidas por bancos e instituições financeiras.

A única diferença é que a LCI financia o setor imobiliário, enquanto a LCA é usada em financiamentos do mercado agropecuário.

Tanto a LCI como a LCA são garantidas pelo FGC, e sua maior vantagem é que ambas são isentas de Imposto de Renda.

Como investir em renda fixa privada?

Antes de tudo, procure saber qual é o seu perfil de investidor.

Para isso, é necessário que você avalie o risco que está disposto a correr ao investir seu dinheiro no mercado financeiro.

A renda fixa é recomendada para quem é mais conservador.

Também é importante entender as garantias de cada título que você quer investir.

Como citamos acima, no caso da renda fixa, o FGC garante a segurança do sistema.

Busque conhecer diferentes instituições financeiras, ao invés de ficar apenas nas opções oferecidas pelos grandes bancos. Isso pode influenciar bastante na rentabilidade dos seus investimentos.

E lembre-se de nunca colocar todos seus ovos em uma cesta só.

Ou seja: diversifique suas aplicações financeiras, pois isso também ajudará a maximizar seus lucros.

Como realizar o primeiro investimento?

Por fim, acompanhe este passo a passo para que você possa fazer o seu primeiro investimento em renda fixa:

  • não tenha dívidas: a rentabilidade de um investimento em renda fixa não será maior do que as dos juros de qualquer empréstimo;
  • procure a melhor aplicação para seu perfil: pesquise um título que vá de acordo com seus objetivos e perfil de investidor;
  • abra sua conta: pesquise com cuidado em qual instituição financeira investirá, para providenciar a abertura da sua conta;
  • envie seu dinheiro: faça isso por meio de transferência bancária;
  • acompanhe seus investimentos: monitore suas aplicações, para saber como está o ganho de cada uma e, dessa forma, gerenciar melhor seus recursos.

Agora que você já sabe o quanto investir em renda fixa e já conhece quais são os principais títulos do mercado, siga as nossas dicas e realize seu primeiro investimento sem medo!

Quer dar o próximo passo nos seus conhecimentos sobre aplicações financeiras? Então, descubra se vale a pena investir em criptomoedas!

3 thoughts on “Você sabe quanto investir em renda fixa? E quais os tipos de investimento?”

  1. Determinar o quanto do patrimônio deve ser alocado em produtos de renda fixa é muito importante para aumentar a eficiência da carteira de investimentos. Não se deve ter todo o patrimônio em renda fixa nem todo em renda variável. Use a regra dos 100 para saber quanto aplicar em renda fixa e quanto aplicar em renda variável.

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  2. Olá Francinaldo! Uma dúvida: meus gastos mensais em casa sao de 10.000 (o colchao financeiro deveria ser de +- 120.000) e os gastos mensais da clinica (minha única fonte de renda) sao de 7.000 ( o colchao financeiro deveria ser de +- 84.000). Acontece que eu e a clinica somos um só. Não tenho sócios. Então? O CF deve ser os 2 isoladamente , só o da casa ou uma média dos 2?

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    • Boa noite Luiz. Não é aconselhável misturar as contas pessoais com as da clínica. Assim, os CFs devem ser calculados separadamente. Conte conosco. Acesse também nosso canal no youtube: Saúde mais ação. Deixe seus comentários e sugestões que responderemos com vídeos. Abs. Dr. Francinaldo CEO da Saúde mais Ação.

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