Você sabe o quanto deve poupar para não perder o sono?

Para alcançar o sucesso nos investimentos é preciso seguir os passos certos! E o planejamento financeiro é um dos principais caminhos para contar com um orçamento no verde (leia-se, uma sobra de dinheiro todos os meses). Mas você sabia que o dinheiro poupado ainda não deve ser investido? Isso mesmo. O ideal é que se construa uma reserva de segurança antes de investir. E cabe a cada um de nós, enquanto ainda jovens, saudáveis e ativos, construirmos um patrimônio gerador de renda crescente capaz de suprir as nossas necessidades.

Quanto poupar?

A vida reserva surpresas e sabemos que nem sempre elas são agradáveis. Por isso, o jeito é nos prepararmos para elas. E só com uma reserva financeira é possível enfrentar adversidades como uma doença, o desemprego ou a falência de um negócio sem ter que recorrer a empréstimos que gerarão dívidas a serem pagas com juros. Mas, afinal, com que recursos é possível compor a reserva de segurança? A resposta é: com o que sobra do planejamento financeiro. O tamanho de uma boa reserva de segurança varia de acordo com as circunstâncias de vida de cada pessoa, mas um montante capaz de pagar as contas por um período de seis meses a um ano é um bom valor. Suponhamos que a despesa mensal média de uma pessoa seja de 10.000 reais. Neste caso, a reserva de segurança deve somar entre 60.000 e 120.000 reais. Isto significa que ela terá recursos suficientes para pagar as contas por um período de seis meses a um ano sem se endividar, até que a situação seja normalizada.

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Onde aplicar?

Na hora de aplicar os recursos da reserva de segurança, a dica é não se preocupar tanto com a rentabilidade. Basta que o investimento não perca para a inflação. Busque produtos como os CDBs que tenham liquidez diária, resgate automático e que paguem um bom percentual do CDI. Geralmente, a remuneração não passa de 90% do CDI, o que dá um retorno anual líquido entre 9% e 10% ao ano. Estes produtos são oferecidos por bancos e podem estar vinculados à conta corrente de tal forma que, sempre que houver saldo na conta, o valor é automaticamente transferido para a aplicação. Vale lembrar que os CDBs têm fundo garantidor de crédito de até 250.000 reais por CPF/instituição em caso de insolvência da instituição financeira.

Outros produtos interessantes são os Fundos Referenciados DI com baixa taxa de administração (de até 1% ao ano). Geralmente, eles já contam com liquidez diária e, por conterem Tesouro Selic em sua composição, apresentam baixo risco. O retorno anual dos fundos DI gira em torno de 10%, porém eles costumam exigir aporte inicial mais alto. Atualmente, o Tesouro Selic, que pode ser investido através do Tesouro Direto, é o melhor investimento disponível no mercado financeiro para compor o colchão de segurança. Isso porque ele oferece liquidez diária, não tem limite de aplicação mínima, possui garantia do Tesouro Nacional, rendimento maior (entre 10% e 11% ao ano) e porque gera proteção eficaz contra a inflação.

Além da segurança propriamente dita, a reserva de segurança apresenta outros três benefícios:

  1. Evita o pagamento de juros. No caso de alguma despesa urgente, por exemplo, ao invés de recorrer a empréstimos consignados, ao cheque especial ou mesmo ao cartão de crédito, é possível utilizar os recursos da reserva.
  2. Ajuda a proteger o investimento. Todo investimento passa por períodos de alta e de baixa. Com a reserva, ao invés de usar o dinheiro investido e amargar prejuízos num eventual período de baixa, mantêm-se o investimento intacto e não se perde rendimentos.
  3. Oferece mais liberdade. A reserva proporciona tranquilidade para que se possa aproveitar novas oportunidades, como uma proposta de trabalho irrecusável, a compra de um imóvel ou mesmo de ações a preços baixos por conta de uma crise.

Outra dica importante é repor a reserva sempre que os recursos forem utilizados. Quanto mais eficiente for o planejamento financeiro e mais robusta for a reserva de segurança, menor é a chance de ter que recorrer a dinheiro de terceiros para saldar compromissos financeiros de curto prazo. Isso, sem dúvida, garantirá mais tranquilidade e mais confiança para administrar com sucesso a vida financeira.

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